Do Paraíba Hoje
Uma das regras para conquistar e manter-se no poder, segundo os livros sobre o tema, é nunca pedir algo apelando para solidariedade. Mas pela compensação. Em política, a troca de favores é lugar comum.
Tanto que na discussão sobre a possível indicação do PMDB para compor a vaga de vice do deputado Luciano Cartaxo estava em jogo uma compensação federal para o ex-governador José Maranhão. Ele ganharia um cargo no alto escalão do governo Dilma.
O escambo estava acertado entre o PT local ligado a Cartaxo. Ontem, na televisão, o presidente do partido no Estado, ex-deputado Rodrigo Soares, admitiu as conversações entre PT e PMDB.
A coisa até atraiu a tentação do ex-governador. Não é à toa que o clima interno no PMDB está cada vez mais acirrado. Manoel Júnior parecer antever o golpe. Está com o porrete na mão pra evitar.
No caso da troca entre o PT, nem precisa se esforçar muito. A própria presidente Dilma, ao que consta, teria sinalizado com veto antecipado a possibilidade de Maranhão assumir um cargo no primeiro escalão do governo.
Luís Tôrres
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