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quarta-feira, novembro 30, 2011

Desmatamento tem nova alta na região amazônica

Agência Estado

imageSatélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram uma nova alta de desmatamento na Amazônia, nas proximidades das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em construção no rio Madeira. A movimentação das motosserras levou o Estado de Rondônia ao topo do ranking do desmatamento.

A informação foi divulgada hoje pelo instituto pouco antes de o Senado adiar em mais um dia a votação final da reforma do Código Florestal. À noite, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) impediu a votação de um pedido de urgência para o projeto, que deverá entrar em pauta na quinta-feira. Uma nova concessão à produção de camarão em manguezais estava sendo acertada para garantir um acordo em plenário.

Segundo a negociação, a produção de pescado e crustáceos passará a ser considerada atividade de interesse social e, como tal, permitida em Áreas de Preservação Permanente. A produção de camarão foi um dos principais lobbies na reta final do debate sobre as regras de proteção das florestas e demais tipos de vegetação nativa.

O desmatamento de outubro é o segundo maior do ano na Amazônia, depois de abril, quando o governo lançou um gabinete de crise para conter o novo avanço sobre a floresta. O diretor de combate do desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, disse que os 90 quilômetros de floresta que desapareceram em Porto Velho estavam na área de influência das hidrelétricas do Madeira. "O aquecimento da economia local por conta das usinas fez aumentar o preço das terras e o desmatamento", disse.

Os satélites do Inpe registraram o corte de 385 quilômetros quadrados de floresta em outubro. Foram 132 quilômetros a mais do que no mês anterior. Neste ano, outubro só perde para abril, quando o desmatamento em áreas superiores a 25 hectares, detectado pelos satélites, alcançou 477 quilômetros quadrados.

A versão da reforma do Código Florestal que irá à votação provavelmente na quinta-feira não permite regularizar o desmatamento ilegal ocorrido depois de 22 de julho de 2008, data da primeira edição de decreto que regulamentava a lei de crimes ambientais. Mas o texto permite que proprietários de terras até 4 módulos fiscais (de 20 a 400 hectares, dependendo do município) não precisem recuperar a reserva legal, fatia do imóvel reservada à proteção da vegetação nativa, de 20% a 80%, de acordo com o bioma.

Esse ainda é um dos pontos mais criticados por ambientalistas, que levaram ao Palácio do Planalto hoje 1,5 milhão de assinaturas contrárias à anistia a desmatadores, a desproteção de áreas próximas a rios e a novos desmatamentos. Cerca de 200 crianças levaram balões verdes biodegradáveis para a manifestação. O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) indicou que a presidente Dilma Rousseff honrará a palavra de vetar dispositivos que permitam o aumento do desmatamento.

Segundo avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a reforma do Código Florestal deve ser aprovada sem maior oposição no Senado. "O que gostaríamos de aprovar era a consolidação da produção em Áreas de Preservação Permanente, mas a recuperação parcial das APPs acabou se impondo", disse Assuero Veronez, presidente da comissão de meio ambiente da CNA.

Organização afirma que 2011 foi o ano de La Niña mais quente

Do: Último Segundo

imageA temperatura global em 2011 foi a mais alta da história em anos de la Niña, que geralmente sofrem influência de resfriamento. O ano também está entre os dez com maior temperatura desde que as medições começaram a ser realizadas em 1850. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (29) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), na 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP17) na cidade sul-africana de Durban.

"Nossos dados científicos são sólidos, demonstram que o mundo está se aquecendo e que este aumento de temperatura é atribuído às atividades humanas", afirmou em comunicado o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

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De acordo com o cálculo provisório da organização, durante 2011 (entre janeiro e outubro) a temperatura do ar na superfície da Terra e do mar se situou em 0,41 graus centígrados acima da média anual do período entre 1961 e 1990.

"Este é o 10º ano mais quente desde que começaram os registros em 1850", ressalta o documento. Além disso, o período 2002-2011 se iguala ao 2001-2010 como a década mais quente registrada até o momento, com 0,46 graus centígrados de aumento de temperatura.

Veja os infográficos:
Como acontece o aquecimento global
Quem são os maiores emissores

Baseado nestes números, o subsecretário-geral da OMM, Jeremiah Lengoasa, disse durante a apresentação do relatório que "a mudança climática é real" e que "as temperaturas continuarão subindo". Já Jarraud destacou que "a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera alcançou novos máximos".

"Essa concentração está se aproximando muito rapidamente de níveis que poderiam refletir um aumento de 2 a 2,4 graus centígrados na temperatura média mundial, o que de acordo com os cientistas, poderia desencadear mudanças irreversíveis e de amplo alcance em nosso planeta, assim como em nossa biosfera e oceanos", acrescentou.

A versão final do texto, referente aos primeiros dez meses de 2011, será publicada em março, uma vez seja conhecida a evolução da temperatura em novembro e dezembro deste ano.

O relatório da Organização Meteorológica Mundial se baseia em dados procedentes de estações de estudo do clima, navios, boias e satélites.

terça-feira, novembro 29, 2011

Estado paga novembro amanhã e segunda parcela do 13° no dia 15

imageO Governo do Estado confirmou para o dia 15 de dezembro o pagamento da segunda parcela do 13° salário dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos das administrações direta e indireta, segundo confirmou a secretária de Estado da Administração, Livânia Farias.

Na tarde desta segunda-feira (28) também foi confirmado o pagamento dos salários do funcionalismo estadual referentes ao mês de novembro, que serão liberados nesta terça-feira (29) para os aposentados e pensionistas e na quarta-feira (30) para o pessoal da ativa, tanto da administração direta quanto da indireta.

Quanto aos salários relativos ao mês de dezembro, a expectativa é para a realização do pagamento ainda antes do final do ano, tendo em vista o esforço pessoal e a determinação do governador Ricardo Coutinho de pagar o salário dentro do mês trabalhado como uma forma de valorizar os cerca de 110 mil servidores estaduais.

Com o pagamento das três folhas (novembro, 13° salário e dezembro), o Governo do Estado estará injetando mais de R$ 500 milhões na economia paraibana, considerando que cada folha mensal gira em torno de R$ 210 milhões. Multiplicando-se R$ 210 milhões por dois e somando-se o resultado à folha do 13° (aproximadamente R$ 105 milhões referentes à segunda metade do benefício), o Governo estará liberando até o final do ano um montante de R$ 525 milhões que irão beneficiar não somente os servidores públicos estaduais, mas todos os segmentos da economia da Paraíba e dos seus municípios.

segunda-feira, novembro 28, 2011

Para alavancar audiência da Record, Boni diz que venderia a emissora

Do: Natelinha

imagePrestes a lançar a obra "O Livro do Boni", que resgatará a sua memória fazendo uma homenagem à TV, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho conversou com o jornal "O Dia" no último final de semana e falou sobre a Record.
Questionado sobre o que ele faria para alavancar a audiência da emissora de Edir Macedo, Boni foi direto: "Venderia! Entregaria a Record para um grupo não religioso e contrataria profissionais de verdade para trabalhar".
Logo depois, o ex todo poderoso da Globo opinou sobre a estratégia da Record em basear a sua grade de programação na Globo. "Não é correto. A Record nunca vai chegar à Globo. Ela não tem que ter a mesma grade que a Globo. Tem que ter horários diferentes", disse.
Ele ainda disse que não aceitaria um convite para trabalhar na Record, porém deixou uma ressalva: "só aceitaria se vendessem a estação para mim. Eu não tenho dinheiro para comprar, mas garanto que tenho quem compre".
Boni também falou da Globo, ao dizer que gostaria de retomar o formato do "Fantástico": "O ‘Fantástico’ era um mosaico. Tinha dramaturgia, comédia e música. Eu faria um ‘Fantástico’ mais rico", contou.
Por fim, o diretor comentou que de vez em quando assiste ao "Big Brother Brasil" e elogiou o diretor do reality, seu filho Boninho: "Acho que o Boninho faz o melhor ‘BBB’ do mundo, mas não gosto do texto dos participantes (risos). Eu prefiro um texto do Dias Gomes".

Ministério da Saúde: aids aumenta em jovens homossexuais

Luciana Cobucci

imageA presença do vírus HIV em jovens homossexuais entre 15 e 24 aumentou entre 1990 e 2011, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério da Saúde. Há 21 anos, 25,2% dos homens nesta faixa etária infectados com o vírus da aids faziam sexo com outros homens. Esse percentual quase dobrou este ano, atingindo 46,4%.

De acordo com a previsão do ministério, a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV é aproximadamente 13 vezes maior quando se compara este grupo com os jovens em geral. Na campanha de 2011 para o dia mundial de luta contra a aids, celebrado no próximo dia 1º de dezembro, o ministério vai propor a discussão contra o preconceito e a discriminação dessa população.

O aumento da presença do vírus HIV nessa população específica é considerado preocupante pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, o foco da pasta na próxima campanha contra a aids será esse grupo, incluindo os jovens travestis.

"Estamos buscando entender os aspectos de vulnerabilidade dos jovens gays, e quando falamos neles, também temos que falar dos travestis. Temos uma preocupação específica com isso, com entender a vulnerabilidade desse setor. Achamos que para esse público não falta conhecimento: 95% deles sabem que a melhor forma de prevenir a aids HIV é a camisinha", afirmou Padilha.

O crescimento do número de pessoas infectadas nessa faixa da população é uma tendência mundial, segundo relatório do programa de HIV/aids das Nações Unidas (Unaids). Em 2010, houve mais de sete mil novas infecções por dia em todo o mundo, sendo 34% em jovens entre 15 e 24 anos. Com isso, a determinação da Unaids é que os países reduzam pela metade a transmissão sexual do vírus da aids entre jovens gays até 2015.

Outro grupo que ganhará a atenção redobrada do ministério é o de mulheres jovens, entre 13 e 19 anos. Segundo dados da pasta, esta é a única faixa etária em que há mais mulheres infectadas pelo HIV do que homens. No geral, 0,41% da população feminina brasileira tem o vírus da aids, contra 0,82% dos homens. Em 2011, 137 meninas nessa faixa etária foram identificadas como portadoras do vírus, contra 110 meninos. A quantidade de mulheres entre 13 e 19 anos infectadas pelo HIV é maior que a de homens pelo menos desde 1998.

Diminuição do número de mortes
Houve uma diminuição do número de óbitos causados pelo vírus da aids no Brasil. Em 2009, 12,097 mil pessoas morreram por conta de doenças decorrentes do HIV, contra 11,965 em 2010. Desde 1980 (quando foi registrado o primeiro caso de pessoa com o vírus no País) até 2011, 241,5 mil pessoas já morreram por causa da aids ¿ de um universo de 608,2 mil infectados desde então. O coeficiente de mortalidade, no entanto, permanece estável em 6,3 mortes a cada 100 mil habitantes.

     

Terra

Ex-senador é convidado a voltar ao trabalho

Do: Paraíba Hoje

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Depois de perder o mandato, o ex-senador Wilson Santiago (PMDB) está sendo convidado a retornar ao trabalho na Defensoria Pública, onde é lotado.
Santiago que está sem mandato desde o último dia 8 (novembro) está designado para exercer suas funções junto a 1º Tribunal de Júri da Comarca da Capital.
É a falta que faz o mandato parlamentar. Santiago está fora da repartição onde é lotado como funcionário público desde o mandato de deputado estadual.
De lá para cá esteve afastado. Quase 20 anos fora da atividade deverá estranhar a designação para o Tribunal de Júri da Capital.
Uma coisa é certa: se tornará numa personalidade que deverá atrair a atenção das pessoas que procuram o defensor público para a solução dos seus problemas.

O DEFENSOR PÚBLICO GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Artigo 25, da Lei Complementar Nº 39, de 15 de março de
2002,
RESOLVE designar o Defensor Público JOSÉ WILSON SANTIAGO, Símbolo
DP-1, matrícula 63.568-5, Membro desta Defensoria Pública, para exercer suas funções
institucionais, junto ao 1º Tribunal do Júri da Comarca da Capital, até ulterior deliberação.
Publique-se,
Cumpra-se.

sábado, novembro 26, 2011

Aula da Saudade 3º F da Escola João Silveira Guimarães em São Bento-PB

Texto: José Fernandes de Brito

A noite desta sexta-feira (25/11/11) foi marcada com muita emoção e alegria, e recheada de homenagens à turma do 3º F, como denomina o prof. Cleilson, a “Turma da Superação”. Os alunos do 3º F marcaram e impactaram a Escola Estadual João Silveira Guimarães, eles foram protagonistas de um trabalho estudantil exemplar, o prof. Orlanildo deu um testemunho que só poderia ter vindo da “Turma da Superação”. Ele falou de uma noite em que estava nessa turma, quando esta cursava o 2º ano do ensino médio, momento em que faltou energia na escola, mas os alunos permaneceram sentados em suas carteira na sala de aula, pedindo para que ele termisse a ministração da aula, surpreso com a atidude nada comum, ele perguntou como poderia continuar a aula, uma vez que não tinha eletricidade na escola e a sala estava escura, foi então que os alunos protamente ligaram as luzes dos celulares, que tinham lanterna e iluminaram a sala e só saíram depois que a aula terminou.

Parece bobagem, ou pode até soar como deboche, por se tratar de um fato incomum, mas conhecendo a “Turma da Superação” como nós professores a conhecemos, isso não nos surprende, pois esses alunos são brilhantes; desde o 1º ano do ensimo médio esses alunos nos mostraram o que é ser estudante. Boa parte desses alunos é casada, mas eles sempre encontram um tempo na sua lida superatarefada para realizarem as atividades que os professores passavam, que diga o exigente prof. Fernandes.

Depois das muitas homenagens e da fala dos professores, todos que ali estavam, participaram de um delicioso jantar preparado pelos próprios alunos. Parabéns turma, vocês são nota mil. Que o exemplo de você seja a cada dia copiado, colado e aprimorado por muitos outros alunos, trazendo alegria aos professores, prazer para os pais e imensuráveis benefícios para a sociedade.

Com certeza vocês vão deixar muita saudades nos corações de todos os professores.

saudade2Da esquerda para a direita (de quem vê a foto): Joelma, Gilvânia, Luana Alves, Jussara, Kivia, Francisca, Uênia Kelly, Patrícia, Maria do Socorro, Kelly, Jordânia, Luana da Silva, Iraneide e Gisele. 

saudade3Da esquerda para a direita (de quem vê a foto): José Roberto, Rafael, José dos Santos, Luan, Joel, José Ailton, Jair, Petrônio, Lucas, Danilo, Railton, Francisco, Jailson, Cláudio e Laertty.

 

saudade

sexta-feira, novembro 25, 2011

Cena de 'Amanhecer' causa convulsões nos Estados Unidos

Do: Estadão.com

'Amanhecer' é o quarto episódio da saga, inspirado na obra de Stephenie Meyer

imageO americano Brandon Gephart foi levado às pressas para o hospital depois de ver a cena em que Bella Swan (Kristen Stewart) dá à luz o filho do vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson).

De acordo com a namorada do adolescente, Kelly Bauman, Brandon fazia barulho e tentava respirar de todas as formas. "Fiquei muito assustada", revelou a garota.

O veículo ABC4 informou que um homem (não identificado) também teria sofrido uma crise semelhante durante a exibição do filme, no estado americano de Utah."Minha mulher disse que eu estava tremendo e murmurando vários sons diferentes", revelou.

Em entrevista ao site CBS, o Dr. Michael G. Chez afirmou que a cena do parto é composta por luzes pretas, brancas e vermelhas, que podem provocar episódios de "epilepsia fotossensível".

Segundo ele, o fato é raro, mas pode ocorrer com a exposição da combinação dessas luzes em pessoas geneticamente predispostas.

Incra lança campanha nacional contra venda de lotes

VENILSON FERREIRA - Agência Estado

imageO Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) lança no próximo domingo uma campanha nacional em emissoras de rádios e TV, além de internet e revistas semanais, contra a venda ilegal de lotes nos assentamentos. O presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, explica que o objetivo é alertar a população quanto à pratica ilegal, pois muitas pessoas cometem o crime por desconhecimento. Na divulgação da campanha, que será estrelada pelo ator Osmar Prado, o Incra divulgou dados sobre as exclusões ocorridas nos assentamentos da reforma agrária no período de janeiro de 2001 até julho deste ano.

O levantamento mostra que, do total de 789.542 famílias assentadas nos últimos dez anos, 103.543 famílias (13,1%) foram excluídas do programa. O principal motivo da exclusão foi o abandono do lote (42,9%), segundo de transferência de domínio sem anuência do Incra (35,4%) e não cumprimento das cláusulas contratuais (10,6%).

Segundo o Incra, Mato Grosso lidera as exclusões, com 17.863 famílias, que correspondem a 24,6% do total de assentados (72.748 família). Em termos relativos se destaca Rondônia, onde foram excluídas 5.496 famílias, que correspondem a 34,9% das 15.765 famílias assentadas.

Lacerda afirmou que embora não existam dados estatísticos, o sentimento é que a rotatividade nos assentamentos diminuiu nos últimos anos. Um dos motivos, diz ele, é que os primeiros assentamentos estavam em solos mais pobres e de topografia ruim. Ele explica que a rotatividade é natural, levando em conta que as comunidades são formadas a partir dos assentamentos.

quarta-feira, novembro 23, 2011

Placar de São Januário erra mais uma vez

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Após confundir torcedores e jogadores na partida contra o São Paulo, no último dia 30 de outubro, e anunciar que o Corinthians estaria perdendo por 2 a 1 para o Avaí em partida que interessava diretamente ao Vasco pelo Campeonato Brasileiro, o placar de São Januário errou novamente.

Desta vez, o equívoco foi na partida diante do Universidad de Chile, pela Copa Sul-Americana. No início da partida desta quarta-feira, os responsáveis por monitorar o marcador do estádio chamaram a equipe chilena de “Univercidade”.

O placar permaneceu errado por cerca de cinco minutos e depois o erro foi corrigido. Evitando um novo vexame, os vascaínos preferiram abreviar e anunciar apenas que o time cruzmaltino enfrentava o “U. Chile”.

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Salve o Piranhas: I Curso de Capacitação em Educação no Trânsito em São Bento-PB

Texto: José Fernandes de Brito

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A secretaria Municipal de Educação em São Bento-PB promove nos dias 22, 23 e 24 de novembro, o I Curso de Capacitação em Educação no Trânsito na SDC de São Bento-PB. O Projeto de Redução da Morbimortalidade Por Acidentes de Trânsito tem desenvolvido ações para reduzir os acidentes no trânsito em São Bento-PB. Uma delas foi a implementação do capacete que tem surtido efeitos consideráveis, visto que a redução de mortes por acidentes envolvendo motociclistas, que tem sido notado por todos. Outra ação, é esse curso de capacitação para todos os são-bentenses principalmente para profissionais da educação. Qualquer pessoa pode ir até a SDC e realizar a sua inscrição, que continua aberta para quem interessar. Esse curso está sendo realizado por ministrantes vindas de João Pessoa-PB. No curso os inscritos recebem matetial para estudo e leitura. Não deixe de participar dessas ações que são para o benefício da população são-bentense.

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terça-feira, novembro 22, 2011

"A Maria da Penha me transformou num monstro", entrevista com o ex-marido de Maria da Penha

Do: Isto É

Quem é, como vive e o que pensa o homem condenado por tentar matar a brasileira que deu nome à lei que combate a violência contra a mulher no País. Quase 28 anos depois do crime, ele fala pela primeira vez

Por Solange Azevedo, de Natal (RN)
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O economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros chega sorrateiro. Pele bronzeada. Sorriso discreto. Testa alongada pela calvície. Puxa uma pequena mala preta de rodinhas apinhada de papéis. Na outra mão, traz uma pasta surrada estilo 007. Caminha de maneira altiva. Sem olhar para o chão. De camisa azul-clara – mangas compridas, poída, quase colada ao corpo – e calça bege, parece em forma. Declara ter 57 anos, apesar de documentos antigos apontarem sete anos a mais. Com sotaque carregado e depois de me dar um forte e inesperado abraço, Heredia pergunta: “Fez uma boa viagem?”. Durante as nove horas de entrevistas – somadas a uma sessão de fotos e a uma extensa troca de e-mails – ele tenta se mostrar cortês e inofensivo. Pensa em cada frase. Quando foge do script e escorrega nas palavras, respira demoradamente e sorri. Me chama de “meu anjo” e “querida amiga”. “Não sou o que as pessoas pensam”, afirma. “A Maria da Penha me transformou num monstro. Não tentei matá-la. O único erro que cometi foi ter sido infiel. Por isso, ela armou toda essa farsa. Essa mulher é um demônio.”
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– Você cita Maria da Penha com muita raiva...
Heredia não deixa o raciocínio ser concluído e reage:
– Não é raiva. É objetividade. É verdade. Sinto pena dela. Se eu sinto pena, não posso sentir raiva.
Heredia vive solitário, enfurnado em 12 metros quadrados de um quarto de pensão, na periferia de Natal. Mantém pouquíssimos contatos com os vizinhos. Apenas a dona da hospedaria sabe quem ele é. O funcionário da lan house, onde Heredia se corresponde com familiares da Colômbia, não faz ideia de que ele seja um ex-presidiário. A balconista da mercearia, que lhe vende fiado, também desconhece o seu passado. “Não aceito que ninguém entre um centímetro na minha vida. Tiro a pessoa pelo pescoço”, garante Heredia. Ele decidiu se mudar para o Rio Grande do Norte em meados da década de 80, quando o cotidiano na capital cearense ficou insuportável. Partiu em busca do anonimato. Em Fortaleza, cidade onde morava com a biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes e as três filhas do casal, ele era apontado na rua como o criminoso que acertou um tiro na espinha da mulher e a deixou paraplégica. Uma mulher que, anos mais tarde, se tornaria o símbolo do combate à violência doméstica no Brasil e viraria nome de lei.
À medida que Maria da Penha foi crescendo, ganhando espaço na mídia, sendo homenageada como um exemplo de luta, simbolicamente, Heredia foi ficando cada vez menor. Mais cruel, mais perverso. Quase 28 anos depois do crime, ele fala pela primeira vez. Num momento em que julga não ter nada a perder. “O que de pior pode acontecer comigo? Eu morrer? Morrer é o fim de qualquer um. Ser preso? Jamais poderei ser preso”, diz. Como se tivesse encarnado uma espécie de Joseph K., o personagem de “O Processo”, a obra-prima de Kafka, Heredia afirma ter sido jogado na prisão por um crime que não cometeu. Nega ter simulado um assalto e tentado executar Maria da Penha enquanto ela dormia. Nega tê-la mantido em cárcere privado. Nega ter maltratado e batido nas filhas. “Ele sempre vai negar. Sempre fez isso, mesmo quando caía em contradições”, afirmou Maria da Penha, na semana passada, à ISTOÉ. “Mas contra fatos não há argumentos. Foi um crime hediondo e tudo acabou devidamente comprovado na Justiça.”
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“O meu agressor demonstrou ser umapessoa maquiavélica e altamente perigosa” Maria da Penha Maia Fernandes
Na trama descrita pelo colombiano, Maria da Penha é a vilã. Ela teria ludibriado a polícia, o Ministério Público, os tribunais brasileiros, organizações de direitos humanos nacionais e estrangeiras, os meios de comunicação e convencido testemunhas a mentir. “Denegrir a minha imagem como pai, marido e ser humano seria a forma mais fácil de Maria da Penha me atribuir um crime hediondo”, afirma Heredia. “Todo mundo acha que a Maria da Penha é uma coitadinha porque está numa cadeira de rodas. O Brasil precisa de uma outra fada madrinha. Essa lei nasceu manchada.” Heredia diz que o País se deixou envolver porque o povo brasileiro é “muito emotivo” e sentiu “compaixão por uma paraplégica”. “Emotivo”, aliás, foi o adjetivo usado por um dos auxiliares do líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad para se referir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando o petista ofereceu asilo a Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento.
Nos 16 meses de cárcere – em regime fechado – e nos anos que se seguiram, Heredia leu livros de direito e se familiarizou com jargões de seriados policiais como “CSI” e “Law & Order”. Aprendeu que as provas técnicas, periciais, têm sido cada vez mais valorizadas em detrimento das testemunhais. Essas últimas foram consideradas fundamentais para que ele acabasse condenado. Heredia examinou folha por folha do processo procurando possíveis lacunas, supostas contradições, passagens dúbias. É isso o que carrega na mala preta e na pasta surrada. Ele reuniu tudo nos livros “A Verdade não Contada no Caso Maria da Penha” e “Extermínio de Homens”. Em outubro de 2010, os lançou através do www.clubedeautores.com.br, site que comercializa obras sob demanda, de escritores independentes.
Heredia afirma que não lê nem assiste ao que é veiculado sobre Maria da Penha. Quando a ex-mulher surge na tevê, ele muda de canal. “Não quero mais ver satanás. Já estive no inferno”, diz. Suas obras, no entanto, parecem ser uma resposta ao livro “Sobrevivi... Posso Contar”, de Maria da Penha, e às entrevistas concedidas por ela desde o crime. Dias depois de falar à ISTOÉ, Heredia não se conteve e pediu a cópia de um texto citado por mim quando estive em Natal. “Não sou bom nessas coisas de internet, de Google. Quando preciso de alguma coisa, é a minha filha quem procura e me manda”, afirma. A moça – uma bela estudante de enfermagem, de 21 anos e cabelos clareados, que também vive na capital do Rio Grande do Norte – o visita esporadicamente. “Acredito cegamente em painho. Ele é um bom pai, um bom homem. Não seria capaz de fazer essas coisas”, diz a universitária.
Heredia tem cinco filhas. As três primeiras com Maria da Penha, essa universitária com uma potiguar e outra, adolescente, com uma pernambucana. Uma delas sepultou o sobrenome paterno ao se casar. As demais não costumam usá-lo publicamente. Heredia acha que sentem vergonha. O pouco que ele sabe sobre a linhagem que formou com Maria da Penha vem da internet. “Tenho três netos”, conta o colombiano. Heredia tomou conhecimento das crianças porque a filha universitária localizou uma das meio-irmãs na rede social Orkut. “Ela aceitou me adicionar. Mas, depois, mandei algumas mensagens e ela não respondeu”, revela a moça. Também foi no Orkut que a universitária encontrou fotos das meio-irmãs e mandou para o pai. Heredia imprimiu uma das três juntas – já mulheres feitas – e botou num porta-retrato sobre a cabeceira da cama. “Até pouco tempo atrás, o que eu tinha na cabeça era a imagem delas pequenas”, lembra Heredia. “De vez em quando, mando e-mails para a mais velha, em nome das três, dizendo que as amo. Mas ela deve apagá-los.”
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FAMÍLIAAs filhas de Heredia e Maria da Penha numa fotode 1984 – a última que ele tirou com as meninas
Ao falar das filhas, Heredia fica com os olhos marejados. Dos relatos publicados por Maria da Penha no livro “Sobrevivi...”, os mais chocantes são os relacionados às meninas. “Tudo era motivo de bater nas filhas, quebrar os brinquedos ou objetos quaisquer que encontrasse à sua frente. Às vezes, só por encontrar uma cadeira, toalha ou outro objeto fora do lugar, já era motivo para gritar, quebrar as coisas de casa com tanta raiva que nos amedrontava, inclusive as babás, as queridas Dina e Rita, que a tudo testemunhavam espantadas”, escreveu Maria da Penha. “A fim de tirar o hábito que minha segunda filha tinha de, para adormecer, chupar o dedo polegar, Marco metia suas mãozinhas em meias e as imobilizava, amarrando-as por elásticos, com tal intensidade que, no dia seguinte, persistiam nos braços da criança vergões vermelhos como se fossem queimaduras. (...) Para evitar que as meninas molhassem a cama durante a noite, elas só podiam tomar água até a hora do almoço”.
“Nunca maltratei uma filha”, afirma Heredia. “Acho isso uma covardia. Mas as empregadas disseram que eu batia e deixava marcas.”
– Por que elas mentiriam?
– É muito simples, diz Heredia. Havia um rancor entre mim e as empregadas. Segundo elas e Maria da Penha, eu era muito grosso. Eu chamava a atenção quando a que tinha de cuidar das crianças falhava. Sou uma pessoa séria e objetiva. Por isso as pessoas falam que sou um carrasco.
Heredia fica impaciente quando sua versão sobre o crime é posta em xeque. Movimenta-se para a frente e para trás na cadeira, apoia os cotovelos na mesa e ampara o queixo com as mãos. Sorrindo, ele diz:
– Se eu for responder tudo o que a Maria da Penha fala, vamos ficar aqui a noite toda.
Diante de perguntas incômodas, ele tergiversa e, às vezes, escorrega. Justifica ter comprado outro revólver depois do crime para deixar com o vigia recém-contratado:
– A minha arma tinha sido roubada pelos bandidos. Me autolesionaram... me lesionaram e a levaram.
Maria da Penha foi alvejada aos 38 anos, em maio de 1983. Ficou mais de quatro meses no hospital e foi submetida a uma série de cirurgias. Algumas semanas depois de voltar para casa, numa cadeira de rodas, se separou do marido. Ela prestou o primeiro depoimento em janeiro de 1984. Foi a partir daí que a polícia juntou as peças e passou a responsabilizar Heredia. “Só uma catástrofe iminente poderia ser pior do que o tipo de vida que estávamos levando. O nosso desespero era muito grande. Eu sofria por mim e por minhas filhas”, afirma Maria da Penha. “Eu precisava sair de casa respaldada por uma autorização judicial de separação de corpos, para que não fosse caracterizado abandono de lar.” Ela temia que Heredia entrasse na Justiça para ficar com as filhas. Maria da Penha relata que o então marido passou a proibi-la de receber visitas e fazia de tudo para afastá-la da família e de amigos. Agia como um carcereiro. Ela conta que, em certa ocasião, pediu ajuda para tomar banho – coisa que não fazia havia três dias – e o então marido respondeu que só teria tempo para auxiliá-la no fim de semana.
Heredia foi condenado duas vezes por tentativa de homicídio. Mas o processo ficou empoeirando nos escaninhos da Justiça durante quase duas décadas, enquanto ele permanecia na rua. Recurso após recurso. O colombiano foi preso em outubro de 2002 – quando o crime estava prestes a prescrever – porque o caso foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A morosidade para concluir o processo, além das evidências de que a violência contra a mulher é sistemática no País, levou a OEA a responsabilizar o Estado brasileiro pelas violações sofridas por Maria da Penha e a acusar o Brasil de ser omisso com a violência doméstica. Por isso, a história de Maria da Penha se tornou um marco. Desde então, por recomendação internacional, o governo vem adotando medidas para atacar o problema. Uma delas foi a criação, em 2006, da Lei Maria da Penha. Antes disso, a violência contra a mulher era tratada como crime de menor potencial ofensivo. Não dava cadeia.
“Comecei a perder tudo quando fui preso. Naquele dia, fui sepultado”, avalia Heredia. “A condenação foi como sentir um punhal nas costas. Mas o cárcere foi como se tivessem arrancado toda a pele do meu corpo. Naquele momento, percebi que a minha vida tinha se desmanchado.” Heredia conseguia levar uma vida normal porque não carregava na biografia o estigma de presidiário. Não lhe faltava trabalho, dinheiro nem mulheres. Na capital do Rio Grande do Norte, onde não era reconhecido e podia andar livremente, ele se casou mais duas vezes, teve duas filhas e continuou atuando como professor universitário e consultor de empresas. Chegou a ganhar R$ 10 mil por mês. Tinha um apartamento confortável, carro importado, crédito para viajar e um círculo razoável de amizades.
Heredia foi capturado em sala de aula e levado para uma prisão do Ceará. Quando ganhou o direito ao semi-aberto, regime em que os detentos podem trabalhar fora durante o dia, foi transferido para um presídio de Natal. Na capital potiguar, voltou a lecionar. O novo emprego, no entanto, durou apenas um ano. “Os alunos procuraram o meu nome na internet e a primeira coisa que aparecia era: assassino. Me chamaram na direção e, elegantemente, disseram que iam cortar as minhas turmas”, conta Heredia. Àquela altura, o terceiro e último casamento do colombiano também tinha acabado. A mulher – uma professora de inglês bem mais jovem do que ele – havia vendido o apartamento da família, engatado um novo romance e se mudado para o Rio de Janeiro com a filha. Heredia não vê a menina há quatro anos.
Quando partiu para a capital fluminense, a mulher deixou com a mãe dela um menininho que Heredia adotara antes de ser preso. O garoto morou com a ex-sogra do colombiano até ser “devolvido” para um abrigo público. No documento de destituição do pátrio poder, Heredia é apontado como um homem de “temperamento agressivo e violento” com a ex-companheira, com a filha biológica e com o adotivo. Num dos trechos, há menção de um boletim de ocorrência registrado no dia 29/1/2001 em que Heredia é acusado de espancar a então mulher. O colombiano nega. Diz que, durante uma discussão boba, a mulher puxava o celular de um lado e ele do outro e, quando ele soltou, o aparelho atingiu o rosto dela. Heredia não comunicou à Vara de Família que fora condenado quando pleiteou a adoção. A assistente social soube quando a ex-companheira de Heredia lhe emprestou o livro escrito por Maria da Penha. Considerou, então, que o colombiano repetira a violência cometida contra as três primeiras filhas e não teria condições de ser um bom pai.
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COTIDIANO
Heredia vive num quarto de pensão
de 12 metros quadrados
Sem trabalho nem renda fixa, nos últimos quatro anos, Heredia tem se virado como pode. Por alguns meses, foi coordenador administrativo de uma importadora de CDs. Quando aparece algum bico, ele sabe que não pode exigir muito. Topa até escambo. Certa vez, fez uma consultoria informal para um conhecido e recebeu dois televisores usados como pagamento. Vendeu os aparelhos para pagar contas e abastecer a geladeira. Em outra ocasião, se desfez de um aparelho de som novinho. O último automóvel, um Fiat Uno capenga pelos anos de uso, também serviu para quitar dívidas. Quase tudo o que Heredia tem no quarto pertence à dona da pensão. Quando não tem comida suficiente, o colombiano pula o almoço porque não consegue dormir de barriga vazia.
No dia a dia de Heredia uma coisa é certa: o tédio. “Não tenho o que fazer. Às vezes, tiro as roupas do armário, sacudo tudo e guardo de novo. Olho no relógio e o tempo não passou”, conta. Para disfarçar o cheiro de gordura da própria cozinha e o fedor da criação de porcos e galinhas do vizinho, ele acende um incenso. Os R$ 280 do aluguel, geralmente, são pagos por conhecidos. Mesmo depois de dois infartos, Heredia segue sobrevivendo. Anda a pé para economizar. Como também não sobra dinheiro para comprar livros, relê os que estão envelhecendo na estante. “Como Evitar Preocupações e Começar a Viver”, de Dale Carnegie, é o que está atualmente sobre o criado mudo. Heredia pouco assiste à tevê. “Não vejo esses programinhas. Tenho nojo. Como tem cozinheiro na televisão”, diz. “Aqueles outros cheios de prostitutas e de bichonas que vão para uma casa no interior. Não sei como chama. ‘Big Brother’, essas coisas, não são comigo.” Dos bons tempos, sobraram os discos de Carlos Gardel e Libertad Lamarque. Heredia lembra que Maria da Penha não era muito boa dançando tango. Mas era linda. Loira. Na memória dele, meio parecida com a atriz Vera Fischer.
Heredia e Maria da Penha se conheceram em São Paulo, quando estudavam pós-graduação. Resolveram se casar e, na capital paulista, tiveram a primeira filha. As outras duas nasceram quando a família já havia se mudado para Fortaleza, cidade de Maria da Penha. De acordo com ela, a relação correu bem até Heredia conseguir a cidadania brasileira e se firmar profissionalmente. Depois, degringolou. “Não é possível que eu não tenha uma única qualidade. Não é possível que quem me acusa não veja nada de bom em mim. Nunca fui o marido mais perfeito, o pai mais perfeito. Mas sempre fui uma pessoa correta. Do fundo dessa alma de demônio, a Maria da Penha sabe disso.” Maria da Penha se mostra indignada com as acusações do ex-marido: “O meu agressor é muito inteligente. Mas, infelizmente, usou sua inteligência para o mal”, afirma. “Ele demonstrou ser uma pessoa maquiavélica e altamente perigosa.”

Entrevista com Maria da Penha – mulher que nomeia a Lei 11.340

imageUma das maiores personagens da luta pelos direitos da mulher é a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Há 28 anos, ela foi vítima da agressão do marido e quase morreu. Desde então, tem dedicado sua vida à combater a violência contra a mulher. Sancionada em 07 de agosto de 2006, a Lei 11.340 - que protege vítimas de violência doméstica -  recebe o nome de Lei Maria da Penha em sua homenagem.

Em entrevista ao portal Terra Magazine, Maria da Penha diz que apesar dos avanços conquistados nestes 5 anos de vigência da lei, ainda vê mulheres enfrentando as mesmas dificuldades que ela, em 1983. “A Justiça ainda tem muito a percorrer para dar segurança de verdade às mulheres”.

Aos 71 anos de idade — boa parte deles dedicados à punição de seu agressor, o ex-marido com quem viveu por sete anos e com quem teve três filhos — ela afirma que se orgulha dos anos de luta.
Há exatos 28 anos, quando o então marido — o engenheiro Marco Antonio Heredia Viveros, natural da Colômbia — tentou matá-la, Maria da Penha teve que voltar a viver com ele depois de ser tratada no hospital. Foi agredida novamente. "Fiquei em cárcere privado", conta. Da primeira vez, recebeu tiros enquanto dormia e ficou paraplégica. Foi quando o ex tentou eletrocutá-la empurrando a cadeira de rodas para o chuveiro.
“A mulher tem vontade de sair daquela vida de violência. Muitas vezes ela tem a informação, mas não tem onde denunciar no seu município”.

Sancionada em 2006, a Lei nº11.340 dá uma série de garantias. Diz, por exemplo, que cabe ao poder público permitir que a mulher não tenha mais que morar com o agressor. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de 2009 mostra que apenas 559 municípios brasileiros possuem os chamados Centros de Referência para mulheres em situação de violência. Isso representa apenas 10% do total de cidades brasileiras. Estes centros oferecem assistência psicológica e atendimento jurídico para vítimas de violência doméstica.
“O que a gente percebe é que apenas nas grandes cidades, com algumas exceções, claro, é que a lei está implementada. Ainda falta muito” opina Maria da Penha.

Leia abaixo a íntegra da entrevista


Terra Magazine: Algum dia você imaginou que daria tanto seu tempo a uma causa social como a da violência contra a mulher?

Maria da Penha: Esse resultado foi fruto de muita luta pra questão de punir meu agressor. Ele continuava utilizando recursos, até mesmo fora do prazo, que contribuíram para a quase prescrição do crime. Ele só foi preso por conta da pressão internacional. Faltando três anos para o crime prescrever, eu tive contato com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos). Houve uma decisão contrária ao Brasil e só assim mudaram as leis do país.

TM: O que aconteceu naquele dia, em 1983?
Maria da Penha: Eu estava dormindo, acordei com um tiro. Não vi quem atirou. Mas depois foi descoberto que ele tinha sido o autor dessa tentativa de homicídio. O julgamento demorou oito anos. Ele foi condenado, mas saiu da prisão por conta de recursos. O segundo julgamento demorou mais quatro anos. Novamente, condenado. Foi nesse intervalo entre um julgamento e outro que eu fui atrás pra provar que não fazia sentido uma pessoa que cometeu um crime como esse estar em liberdade.

TM: Com o tempo, é possível imaginar que você tenha ganhado forças pra lutar contra isso. Mas, naquele primeiro momento...
Maria da Penha: Eu não criei forças pra lutar. Não existia nada que favorecesse a mulher. Pra se ter uma ideia, só em 1985 foi criada a primeira Delegacia da Mulher. Não existia essa visibilidade. Não existia um aparato legal. Se você quisesse sair de casa, perdia até o direito de voltar.

TM: E como conseguiu a separação definitiva?
Maria da Penha: Depois de quase assassinada, fiquei quatro meses no hospital e, quando saí, fiquei em cárcere privado. Só então eu pedi a separação de corpos e consegui sair da companhia dele. Voltei a morar com meus pais. O comportamento dele (ex-marido) mudou depois que ele conseguiu ser naturalizado brasileiro. Para ser naturalizado, ele contou com o casamento e os filhos. No momento em que ele conseguiu, mudou a maneira de ser.

TM: De 1983 pra 2006, quando foi criada a lei, são muitos anos. O que te fez insistir?
Maria da Penha: Eu me sentia muito mal. Não sabia como responder para meus amigos e familiares. Quem não conhece a Justiça, pensa que o Poder Judiciário é justo. Mas existem juízes e juízes. Desembargadores e desembargadores. A conduta deles está muito ligada à cultura. Eles se criaram e se educaram numa cultura machista. O homem pode tudo e a mulher não pode nada. Ainda hoje é assim, mas isso tem que ser mudado.

TM: Nunca mais casou depois?
Maria da Penha:
E você acha que dá tempo? (Risos). A causa é muito abrangente.

Terra Magazine: Isso não te faz sentir arrependimento?
Maria da Penha: Não, porque eu acho que isso é uma coisa muito importante. Quando eu comecei a tomar conhecimento do que é a violência de gênero, vi que era uma coisa aberrante. Nossos descendentes precisam ter um futuro com a garantia da não-violência.

TM: Você ainda encontra, hoje em dia, muitas mulheres que te procuram, que vêm te cumprimentar?
Maria da Penha: Em todo lugar onde eu vou. Sempre tem alguém querendo contar alguma coisa. Isso é muito importante, saber que você está ajudando.

TM: Cinco anos depois, muita coisa mudou?
Maria da Penha
: O que a gente percebe é que apenas nas grandes cidades — com algumas exceções, claro — é que a lei está implementada. Ainda falta muito. As cidades pequenas ainda não têm estrutura de atendimento.

TM: A história ainda se repete?
Maria da Penha: Claro. A mulher tem vontade de sair daquela vida de violência. Muitas vezes ela tem a informação, mas não tem onde denunciar no seu município.

TM: Você tem três netos, ainda crianças. O que diria para as duas meninas se tivesse que deixar uma mensagem pra elas agora?
Maria da Penha:
Que elas não permitam que nenhum homem as maltrate.

Fonte: Terra Magazine

segunda-feira, novembro 21, 2011

Justiça Eleitoral aprova regras para disputas municipais de 2012


O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou, por unanimidade, mais três resoluções que servirão para orientar as eleições municipais de 2012. Agora já são sete resoluções aprovadas, de um total de 11.
Responsável pela elaboração dos textos, o ministro Arnaldo Versiani levou ao plenário da corte as instruções sobre pesquisas eleitorais, crimes eleitorais e cerimônia de assinatura digital e fiscalização de sistema eletrônico de votação.
A aprovação das resoluções ainda neste ano permite que o TSE antecipe seu cronograma de aquisições, por meio de licitação, dos serviços e materiais indispensáveis à realização do pleito. A realização das licitações com tal antecedência resulta na redução dos valores dos contratos e, em consequência, no custo da eleição.
As outras quatro resoluções já aprovadas pelo TSE tratam do calendário eleitoral de 2012, lacres das urnas eletrônicas, formulários e cédulas de contingência – utilizadas caso seja necessária a votação manual.
Pesquisas
A resolução sobre as pesquisas eleitorais dispõe que, a partir de 1º de janeiro de 2012, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar no juízo eleitoral, ao qual compete fazer o registro dos candidatos, com no mínimo cinco dias de antecedência da divulgação.
Para isso, as entidades e empresas devem prestar as seguintes informações: quem contratou a pesquisa; o valor e a origem dos recursos despendidos no trabalho; metodologia e período de realização da pesquisa; plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado e área física de realização do trabalho e margem de erro, entre outros dados.
Na divulgação dos resultados de pesquisas, atuais ou não, deverão ser informados obrigatoriamente: o período de realização da coleta de dados; a margem de erro; o número de entrevistas; o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou e o número de registro da pesquisa.
Crimes
A resolução que trata dos crimes eleitorais diz que qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral deverá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la ao juiz eleitoral, que a encaminhará ao MPE (Ministério Público Eleitoral) ou à polícia, com pedido para instauração de inquérito.
As autoridades policiais, dispõe a resolução, deverão prender quem for encontrado em flagrante delito pela prática de infração eleitoral, comunicando imediatamente o fato ao juiz eleitoral, ao MPE e à família do preso ou a pessoa por ele indicada.
Fiscalização
Estabelece a resolução que trata da fiscalização do sistema eletrônico de votação que será garantido aos fiscais dos partidos políticos, à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ao Ministério Público o acesso antecipado aos programas de computador desenvolvidos pelo TSE ou sob sua encomenda a serem utilizados nas eleições, para fins de fiscalização e auditoria, em ambiente específico e controlado pelo tribunal.
Agência Estado

Paula Fernandes decepciona fãs, desta vez foi em Belém



A cantora Paula Fernandes causou decepção nos fãs paraenses que esperavam ansiosos por sua presença em Belém, na última sexta-feira (18). De acordo com o site Ego, a cantora não quis saber de receber ninguém após o show e causou má impressão.

Fontes do site afirmaram que Paula não quis atender nenhum fã e que, para não ser incomodada, entrou rapidamente no carro e foi embora. Vários fãs chegaram até a cercar o veículo para uma foto ao lado da morena, mas nada adiantou. Paula se tornou nacionalmente conhecida em 2010, quando foi apadrinhada pelo cantor Roberto Carlos, em seu especial de fim de ano na Globo. Ela já lançou vários hits, inclusive ao lado de Victor e Leo, e até concorreu ao Grammy Latino neste ano.
Pegou mal, né?

V Encontro de Jovens da Assembleia de Deus do Sertão da Paraíba - EJOCADESP

 

Nesse dia 19 de novembro foi dado início ao V Encontro de Jovens da Assembleia de Deus do Sertão da Paraíba, e eu pude marcar presença para a celebração da abertura.      

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O Evento conta com o seguinte tema: Jovens cheios da unção fazem a diferença. O tema foi baseado na passagem bíblica de 1 Samuel 16.18.

No louvor estavam presentes a banda Chamas Pentecostais da cidade de Campina Grande, o pastor Welingto e o cantor Eliezer da cidade de Belém do Brejo do Cruz. E o preletor foi o pastor de Natal Paulo Cesar.

Apos a apresentação de alguns louvores foi dada a solenidade de abertura do evento com a entrada dos símbolos e das bandeiras. logo após foi a vez do grande coral fazer a sua entrada, coral este formado pelos  jovens do Sertão Paraibano.

O Campeonato de Futsal da AABB teve seu campeão neste domingo 20/11/2011.

Texto:Huan Deon Garcia Santos

DSC00977Em um campeonato de futsal realizado entre os sócios da AABB da cidade de São Bento, muitas equipes brigaram com partidas bem emocionantes, até que a grande final, cuja partida revelou grandes emoções, foi realizada neste Domingo (20/11/2001), com a equipe liderada pelo atleta Fabinho tendo sido campeã, derrotando a equipe liderada por Isaias, que ficou com o Vice-lugar. Abaixo algumas imagens do grande e emocionante jogo!

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